A escolha dos materiais adequados para a fabricação dos óculos é um assunto muito importante para o paciente, apesar de ser pouco discutido nos consultórios de oftalmologia. Neste post do blog da HÜNING, separamos alguns pontos para você ficar atento. Até porque chegar na ótica sem uma boa noção do que você necessita pode resultar em insatisfação e desperdício de dinheiro. 

Em primeiro lugar, vamos trazer uma breve explicação dos quatro principais diagnósticos de quem sofre de problemas de visão. A miopia é a dificuldade de se enxergar à distância. Nesse caso, geralmente, o paciente possui o globo ocular um pouco mais alongado que o normal, o que faz com que o foco da imagem se forme antes da retina. Dessa forma, quanto mais distante o objeto, pior a nitidez. Já a hipermetropia é a dificuldade de enxergar os objetos de perto. O paciente possui um globo ocular encurtado e o foco da visão fica atrás da retina, tirando a definição da imagem dos objetos que estão próximos. 

Quem tem astigmatismo possui alterações no formato da córnea ou do cristalino, gerando diversos pontos focais, o que distorce a imagem vista. E, por fim, o problema mais comum em pacientes após os 40 anos é a presbiopia (vista cansada), que se caracteriza pela perda da capacidade do cristalino de adaptar-se para focar com nitidez os objetos próximos. Sabendo qual exatamente é a sua condição oftalmológica, confira a seguir alguns pontos aos quais você, como paciente, precisa ficar atento. 

Índice de refração

Você deve lembrar das aulas de física: refração é a mudança na direção de uma onda ou um raio luminoso ao atravessar um obstáculo. Cada material com o qual é fabricada a lente apresenta um índice de refração diferente. Quanto maior a taxa de refração da lente, menor a espessura necessária para dar nitidez à visão, e, em geral, maior o preço. 

Uma lente de alto índice é mais fina que outra de baixo índice, receitada para o mesmo grau. Essa característica reduz o efeito fundo de garrafa e alguma distorção que possa surgir ao olhar um objeto pelas bordas dos óculos. Dessa forma, fique atento à essa informação, especialmente se você possui um grau elevado. Em graus mais baixos, essas vantagens são quase imperceptíveis. 

Esfericidade

Neste quesito, há duas possibilidades a serem avaliadas: lentes esféricas ou asféricas? Em pacientes com um grau alto de hipermetropia, a curvatura das lentes esféricas – mais arredondadas – distorcem a imagem na borda da lente. Quanto maior o aro, maior essa distorção. Já os modelos asféricos – mais planos e finos – atenuam essa característica, apesar de serem mais caros. 

Lentes multifocais

Receitados para os pacientes diagnosticados com presbiopia e miopia, as lentes multifocais oferecem, na parte superior, foco maior para objetos distantes e, na parte inferior, foco para os objetos próximos, mudando o foco de forma gradual. Fique atento para não escolher um aro que exija lentes muito pequenas, já que, em um modelo pequeno, a mudança no foco ao direcionar o olhar para cima ou para baixo é brusca. 

Antirreflexo vale a pena?

Quanto maior o grau, maior o reflexo na lente. Dessa forma, camadas antirreflexo dão conforto para o paciente e até melhoram a qualidade da imagem. Então, se você tem um alto grau, independente da condição oftalmológica, vale a pena. É aconselhado que você verifique apenas o período de garantia, já que as lentes antirreflexo têm a tendência de craquelar com o tempo. Se a garantia for de poucos meses, procure outro estabelecimento. 

Dicas para escolher o aro perfeito

O material mais usado atualmente nas lentes e que apresenta maior resistência em caso de queda é o policarbonato. A alternativa mais segura é usar óculos com aros fechados, que cerquem a lente e protegem de eventuais batidas, especialmente se as lentes forem mais grossas. Se as lentes forem mais finas, você pode optar pelo metal ou acetato. 

Esperamos ter auxiliado você na escolha da melhor opção para os seus óculos. Qualquer dúvida, entre em contato com a equipe da HÜNING nos comentários. 

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/o-guia-dos-oculos-perfeitos